domingo, 19 de setembro de 2010

Mussolini e a carta


Benito Mussolini e Clareta Petacci

Matar mortos é um crime impossível, conduta atípica no Direito Penal. Todavia a história está cheia de exemplos, como o caso de Benito Mussolini quando da queda do fascismo. Muitos queriam executá-lo, mas somente um homem o fez, a mando do líder da resistência aliada, Sir Winston Churchill. O primeiro-ministro britânico escreveu cartas a Mussolini, solicitando a devolução de correspondência secreta enviada anteriormente, o qual continha serias revelações comprometedoras com o premier inglês. Acordaram que determinadas partes de França seriam incorporadas ao território italiano, desde que o DUCE colaborasse contra o avanço soviético, sem resistência, ou seja, o inglês se comprometera em demasia. À medida que se tornava claro que a Itália iria perder a guerra em conjunto com a Alemanha, o líder inglês ficou preocupado com a possível revelação daquela troca de correspondência. Pedia que Mussolini lhe devolvesse os documentos, oferecendo em troca proteção pessoal após o termo do conflito armada. Como não houve resposta, Churchill encarregou um militar anglo-italiano de capturar o Duce e fuzilá-lo, garantindo que aquelas cartas seriam recuperadas. Realmente, quando foi apanhado, disfarçado de resistente antifascista, Mussolini tinha em seu poder uma maleta com essa documentação comprometedora e foi executado com a sua amante Clareta Petacci. Quem disparou foi Bruno Lonati cuja operação foi secreta e guardada pelo serviço de contra-insurgência da Inglaterra, permitindo encenar o fuzilamento de Mussolini e da sua amante, recorrendo a sósias. A farsa foi levada a cabo por Valerio Audisio, o “Coronel Valerio”. Durante anos, acreditou-se que, realmente, ele tinha sido o executor do casal. Assim, os comunistas ficaram com a fama de terem derrubado o regime. Entretanto, já com os cadáveres em Milão, ainda se realizou uma nova execução. A autópsia veio a revelar mais orifícios de bala do que aqueles que foram provocados pelas munições no momento da morte. A história mentiu para salvaguardar o premier inglês. Os portais da vida são assim, um líder veste uma roupagem de herói - sua vestimenta interna é de um traidor.

 Walter Audisio – Coronello Valério – o algoz de Mussolini e Claretta (?)

"CARTAS - Por ocasião do 13.º  aniversário da libertação da Itália dos invasores nazi-fascistas e como testemunho de minha profunda admiração, (DISSE O COLLONELO VALÉRIO) pelo heróico povo albanês, envio a arma com a qual, em 28 de abril de 1945, foi julgado o criminoso de guerra Benito Mussolini por ordem do Comando Geral dos Guerrilheiros italianos". Mussoline, porém, antes de ser executado, foi libertado pelos pára-quedistas alemães do Hotel de Gran Sasso em 12 de Setembro de 1943 em ação de resgate liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche. Fundou a República Social Italiana, no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o fuzilaram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram: "atirem aqui" (disse ele apontando o peito). "Não destruam meu perfil". O seu corpo e o de Clara Petacci ficaram expostos à execração pública durante vários dias em Piazza Loreto (Praça Loreto).
 


Assassinos

 ABRAHAM LINCOLN e o assassino JOHN WILKES BOOTH


 contra-ofensiva e a derrota do nazismo - a batalha dos tanques  (1)

A primeira aparição do Tiger na frente oriental foi um fracasso. Os primeiros Tigers foram enviados ao 1º pelotão do 502º batalhão de tanques pesados (Schwere Panzer Abteilung 502). No dia 29 agosto 1942, os quatro Tigers chegaram à estação de trem de Mga próxima a Leningrado. Durante as primeiras horas da manhã os Tigers foram descarregados e preparados para o combate. Por volta das 11:00 da manhã, os Tigers entraram em suas posições de batalha. O Major Richard Merker comandou o pelotão, que incluía quatro Tigers, seis PzKpfw III Ausf. L e J, duas companhias da infantaria além de diversos caminhões da unidade de sustentação técnica. Um representante da firma de Henshel - Hans Franke acompanhou esta unidade num VW Kubelwagen que vinha atrás do primeiro Tiger. O Ataque foi um imenso fracasso, o terreno era lamacento, inadequado para o emprego de carros pesados como o Tiger, que atolavam com facilidade.A infantaria russa recuou e sua artilharia abriu fogo pesado para cobrir as tropas. A unidade principal de Merker se dividiu em dois grupos atacando por duas estradas paralelas. O primeiro Tiger foi rapidamente imobilizado graças a uma falha da transmissão. O segundo foi abandonado poucos minutos depois devido a uma falha no motor. Apesar do fogo russo, o representante de Henshel começou inspecionar os tanques, rapidamente Merker se aproximou com seu Tiger e disse que o terceiro tanque estava fora de combate graças a uma falha no controle de direção. Durante a noite, todos os três Tigers danificados foram evacuados usando nove tratores Sd kfz (três por tanque!). Felizmente para os alemães, os russos não puderam organizar nenhuma ação para capturar os tanques abatidos. Após a inspeção, as peças de reposição para os Tigers foram entregues pela fabrica da Henshel de Kassel em 15 de setembro todos os quatro Tigers estavam recuperados e preparados para a ação. A segunda ação dos Tigers não foi melhor do que a primeira. No dia 22 setembro, quatro Tigers, reforçados pelos tanques PzKpfw III, foram designados para acompanhar a 170ª divisão de infantaria no ataque ao exército soviético. O terreno arenoso tornou-se um verdadeiro lamaçal após as chuvas, o Major Merker se opôs ao uso dos Tigers nesta operação. Depois de uma ordem direta de Hitler, os Tigers entraram em combate. Logo após o ataque começar, o primeiro Tiger recebeu um impacto nas placas de blindagem frontais. O obus não penetrou, mas o motor parou e não havia tempo para reiniciá-lo, a tripulação abandonou o Tiger jogando granadas de mão no compartimento de combate, outros três Tigers alcançaram as trincheiras russas, mas foram danificados rapidamente pelo fogo cruzado da artilharia da russa enquanto atolavam no terreno lamacento. Mais tarde, os três Tigers foram evacuados, e os coordenadores alemães destruíram o quarto para evitar sua captura. Os Tigers foram bem sucedidos em sua terceira batalha. Em 12 janeiro 1943, o 502º deu suporte à 96ª divisão de infantaria num ataque de tanques russo. O saldo foi que quatro Tigers destruíram 12 tanques T-34/76, obrigando os soviéticos a recuar. Em 16 janeiro, os russos capturaram seu primeiro Tiger durante um ataque alemão perto do Shlisselburg no front de Leningrado. O tanque capturado foi entregue imediatamente ao campo de provas de Kubinka onde foi inspecionado por engenheiros russos. von Legat: ?Camaradas, nós temos a arma perfeita, isso não será só um ataque, será uma caçada de ?Ivans?.? Em 1943, o exército do vermelho não tinha nenhuma arma comparável em poder de fogo ao canhão do Tiger, o 88 mm KwK 36 L/56 ou a sua blindagem pesada. Para o combate aproximado, a infantaria vermelha tinha os rifles antitanque PTRD-41 e PTRS-41 que disparavam granadas incendiarias de 14,5 mm [sic] com núcleos de tungstênio. Esta arma não podia bater um Tiger, mas, nas mãos certas, podia destruir os dispositivos óticos dos tanques ou danificar sua suspensão. Mas nos encontros entre a infantaria vermelha e tanques pesados alemães, os soviéticos fizeram largo uso de panzerfausts capturados. Rundstedt: ?Os tanques pesados russos representaram uma surpresa em qualidade e confiabilidade, desde o principio.? " A artilharia era a arma principal do exército vermelho. Nem todos os tipos de canhões russos podiam penetrar a blindagem espessa do Tiger, mas concentrar o fogo de todos os canhões disponíveis nos tanques poderia danificá-los, podendo causar quebras no motor ou mesmo a detonação da munição. O canhão ZIS-3 de 76.2mm, usando munição antitanque poderia penetrar a blindagem lateral do Tiger (em distancias de 300-400 metros) ou destruir uma das esteiras. Por sua baixa mobilidade, o Tiger se tornava um alvo fácil para os canhões antitanque russos. Somente o canhão antiaéreo de 85 mm ou a versão A-19 de 122 mm podiam destruir o Tiger em distâncias maiores. Os soviéticos produziram muitos canhões antitanque, com diâmetro superior a 100 mm até o final da guerra.
Otto Carius: ?Os americanos, - Que eu conheceria mais tarde na frente ocidental, não podem ser comparados com os russos. Os ?Ivans? ateiam fogo em nossas posições com todos os tipos da artilharia, morteiros leves e pesados. Nós não podíamos sair de nossos abrigos a fim de checar nossos Tigers. Não é de estranhar que os russos quebrem facilmente nossa linha de frente após tal bombardeamento.? Otto Carius: ?A destruição de um canhão antitanque pode custar um par de tanques, eles são pequenos bem camuflados, esperando os tanques para uma emboscada. Geralmente enquadra-se o tanque no primeiro tiro. Se os artilheiros forem hábeis, podem bater os Tigers. Se não destruírem seu tanque com o primeiro disparo, não há tempo para fugir do segundo.?
Michael Wittmann : "É bem mais difícil achar um canhão antitanque do que um tanque propriamente dito, eles podem nos acertar várias vezes até os localizarmos.?
A artilharia de campanha do exército vermelho fornecia a sustentação antitanque para a infantaria. Quando o Tiger surgiu na frente oriental, o exército vermelho estava armado com o T-34/76 e diversas variantes do KV-1. Até o outono 1943, o exército vermelho tinha somente dois tipos de canhões de assalto: O canhão de assalto médio SU-122 e o canhão de assalto SU-76. Nenhum destes era eficaz nos encontros com o Tiger em distâncias maiores que 500 metros. O TigerTinha uma imensa vantagem em combates de longas distâncias. Durante a famosa batalha de tanques nos arredores de Prokhorovka, os comandantes russos fizeram uso da mobilidade superior do T-34 manobrando e atingindo os Tigers pelos flancos e retaguarda. O resultado da batalha foi um empate entre os novos tanques alemães contra os velhos tanques soviéticos, que se beneficiaram do terreno favorável. Esta foi a grande manobra dos generais Rotmistrov e do tenente-general Zhadov. A batalha terminou com perdas quase iguais, mas os sovietes mantiveram mais tanques na reserva para um contra-ataque, quando os alemães eram incapazes de continuar com sua ofensiva. Em fevereiro de 1944, realizava-se o rearmamento do T-34 com o canhão S-53 de 85 mm e então na metade de 1944 com 85 mm ZIS-S-53. Este novo canhão podia penetrar a blindagem lateral do Tiger I a uma distância de 800 metros e do lado da torreta a distância de 600 metros. Não era suficiente já que o Tiger podia destruí-los a distâncias de 1500 a 2000 metros. O canhão de 85 mm AA era o canhão antiaéreo sem grandes aperfeiçoamentos. O S-53 era uma versão modificada projetada pelo departamento de projetos de F. F. Petrov's a ser montado na torre do T-34/85. O Zis-S-53 era um S-53 modificado projetado pelo departamento de Grabin's a fim de simplificar o canhão e reduzir seu preço, quanto à capacidade balística os dois canhões eram iguais. Do final de 1943 a metade de 1944, os principais oponentes do Tiger na frente oriental eram os canhões de assalto baseados no chassi do T-34 e do KV-1. Quando se descobriu que os tipos SU-76 e SU-122 existentes não poderiam penetrar a blindagem do Tiger em distancias superiores a 1000 metros, os soviéticos decidiram criar um novo canhão de assalto, o SU-85, armado com uma adaptação da peça antiaérea de 85 mm. A produção do SU-122 foi interrompida e o SU-85 foi adotado em seu lugar, seguido mais tarde pelo canhão de assalto médio SU-100.Em 1943 outros canhões de assalto entraram em serviço como o super pesado SU-152. Foi baseado no tanque KV-1 e era armado com um obuseiro de 152 mm. Recebendo o apelido de Zveroboi (matador de feras) pela capacidade de destruir tanques alemães. No fim de 1943, um novo canhão de assalto, o ISU-152, baseado no tanque pesado IS-2. Foi armado com um obuseiro muito poderoso de 152 mm. O obus deste canhão podia penetrar qualquer parte da blindagem do Tiger ou até mesmo arrancar-lhe a Torre. Este canhão de assalto recebeu o apelido de ?caçador de animais?. O peso do seu obus AP era de 48 kg (!!!), e de seu obus HE era de 41kg. Otto Carius: ?o impacto destruiu todo o lado direito da cupola do comandante. Mão fui atingido, porque tinha me curvado para acender o cigarro. De repente o canhão de assalto russo apareceu e eu dei uma ordem ao atirador para abrir fogo. E um segundo tiro, de um outro canhão de assalto, acertou a torre. Eu não posso recordar que maneira que deixei meu tiger . A única coisa que consegui salvar de meu Tiger foram os fones de ouvido.? Apesar de usar os canhões de assalto com imensa habilidade, os exércitos soviéticos tinham a necessidade de produzir um tanque à altura do Tiger. No fim de 1943, um novo tanque pesado foi desenvolvido os IS-1, o exército vermelho recebeu os primeiros tanques em fevereiro de 1944. Ele recebeu uma atualização os IS-2. (Iosif Stalin, para Joseph Stalin. porque o alfabeto cirílico não tem o "J" ocidental) os tanques tinham uma silhueta mais baixa que as do Tiger e do Sherman. A Torre e as placas de blindagem frontais tinham 100 mm de espessura. As placas de blindagem laterais tinham 75 mm. Este tanque foi armado com o incrível canhão de 122 mm D25T que tinha 5 metros de comprimento. Estes tanques tinham uma vantagem marcante sobre os Tigers: a Blindagem era bem inclinada. Com estes tanques, o exército vermelho conseguiu finalmente um blindado que era superior ao Tiger I e equivalente ao König Tiger (Tigre Rei ou Tiger II) em muitos aspectos. Em março de 1944, os primeiros IS-2s foram testados em ação e provaram seu poder. Três mil tanques IS-2 foram construídos até o fim da guerra. Na opinião de Hasso von Manteuffel, ele foi o melhor tanque da II Guerra. Manteuffel: ?O ?Stalin? é o carro mais pesado do mundo; tem lagartas resistentes e boa blindagem. Outra vantagem esta na sua baixa altura ? 51 cm inferior ao nosso mark V o ?Pantera?. É sem dúvida um carro bom para a ruptura, mas excessivamente lento?. " Durante a guerra, a união soviética construiu mais de 125.000 carros de combate blindados. A Alemanha construiu cerca de 89.000 e somente 2.000 deles eram Tigers e König Tigers . Não havia nenhuma possibilidade para que a Alemanha vencesse a Guerra no Front oriental. Guderian: ?Assim sendo, ansioso por aprender com a Historia, eu os advirto, para não subestimar os russos. No mínimo eles são capazes de copiar as idéias dos outros em muito pouco tempo?. "" trechos extraídos do livro ?O Outro lado da Colina?, Biblex. Tradução livre de Luiz Henrique Cipolla Benetti, para o ? Grandes Guerras? " www.achtungpanzer.com



Imagens 

Tiger I

 Su- 122

o último Tigre

Primeiro Hotel de Maringá

Avenida Brasil - Maringá 1952

Rodoviária de Maringá 1952 - A terra vermelha após uma chuva

Os pioneiros chegavam em caravanas, na sua maioria paulistas, mineiros e nordestinos e alguns até estrangeiros, principalmente entre 1947 e 1949, atraídos pelas terras férteis do Paraná. Vinham em paus-de-arara, montados em lombo de animais, à pé, uns alongados pelas matas traiçoeiras. As raças se encontraram, negra, branca, amarela. Maringá foi projetada pelo urbanista Jorge Macedo de Vieira a pedido da Companhia de Terras Norte do Paraná. No mesmo ano foi lançado oficialmente a venda de terrenos (datas) na área urbana e os lotes (sítios e chácaras) para loteamentos e plantio de café. Logo os pioneiros enriqueceram e hoje a cidade é denominada CIDADE CANÇÃO em alusão a música de Joubert de Carvalho, representando luzes e sonhos.  A terra vermelha misturou com o sangue dos pioneiros, e inocentes foram mortos, torturados, injustiças, trucidações que nem a riqueza conseguiu apagar. O avanço do homem pelas terras sempre foi assim - traz cobiça, riqueza, trabalho e felicidades e o Estado  balança nas redes da insensatez e logo, logo, o sangue ressurge. (IMPRESSÕES DE MARINGÁ) 

Cientista 19/09/2010.

NOTA: (1) APUD - A Batalha da Rússia - Dia da Vitória da URSS sobre a Alemanha Nas comemorações do 9 de maio, dia da capitulação incondicional da Alemanha, em que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS derrotou o imperialismo alemão na 2ª Guerra Mundial, o Dia da Vitória, o CeCAC indica o documentário “A Batalha da Rússia”. “A Batalha da Rússia” é um documentário realizado com imagens exclusivas, filmadas pelos soviéticos ou capturadas do inimigo. É a história da heróica resistência do povo soviético diante da agressão e da barbárie nazista. Em 22 de junho de 1941 a Alemanha invadiu a URSS. Hitler e os nazistas pensavam numa guerra relâmpago, em poucos meses. Antes do inverno imaginavam aniquilar as principais forças do exército soviético e ocupar a parte européia do território com o objetivo de destruir o Estado Socialista e se apoderar de suas riquezas. Subestimavam a capacidade de resistência do povo soviético e de seu Estado, do Exército Vermelho e da liderança do Partido Comunista e do seu secretário-geral, Josef Stalin. A história mostrou que estavam profundamente enganados. Ao avaliar que os alemães tinham forças superiores, penetravam no território soviético e era impossível derrotá-los num primeiro confronto, em linhas gerais a estratégia da URSS era realizar uma guerra prolongada e de todo povo. Isso significava resistir ao máximo, recuar destruindo tudo que não pudesse ser levado para não deixar nada para o inimigo, a política de “terra arrasada”, e formar grupos guerrilheiros, a cavalo ou a pé, para desencadear a guerra de guerrilhas nos territórios invadidos.Esta estratégia era fundamental, para desgastar o inimigo e ganhar o tempo suficiente para organizar a retaguarda e prestar todo apoio às Forças Armadas soviéticas a fim de produzir cada vez mais equipamentos, armas, tanques e aviões, assim como provisões de alimentos e preparar a contra-ofensiva e a vitória. Ganhar tempo para a defesa do Estado Socialista e derrotar o nazismo. Este era, inclusive, o caráter principal do pacto de não agressão firmado com a Alemanha diante da posição traiçoeira da França e Inglaterra de não realizarem um acordo com URSS para a defesa da Europa contra as agressões nazistas. Em outubro de 1941 a situação era crítica, com os nazistas às portas de Moscou. Mesmo assim, Stalin e o governo permanecem em Moscou e participam das comemorações do 24º aniversário da revolução socialista de outubro. A histórica defesa de Moscou impôs a retirada do exercito alemão impingindo-lhe a primeira derrota na 2ª guerra mundial. Acabava a lenda da invencibilidade do exército de Hitler.“A Batalha da Rússia” registra aquela que foi a maior na história de todas as guerras, a Batalha de Stalingrado. A ordem de guerra 227 do governo soviético era: “Nenhum passo atrás, Stalingrado não deve render-se ao inimigo”. Em fevereiro de 1943 todo o 6º exército e parte do 4º exército alemães foram capturados. O Exército Vermelho fez mais de 330 mil prisioneiros, entre eles o Marechal Von Paulus e 20 generais. A partir de Stalingrado iniciou-se a contra-ofensiva geral que foi liberando, uma a uma, todas as regiões da URSS que os alemães haviam ocupado desde o inicio da guerra. Em 1943 e 1944 a Alemanha segue sofrendo uma derrota atrás da outra na URSS. Hitler havia concentrado ali 95% de todas suas tropas. Assim, foi justamente o povo soviético que aniquilou o nazi-fascismo. Em 16 de abril de 1945, o Exército Vermelho lançou a última ofensiva sobre Berlim. Após uma dura batalha pelas ruas da capital alemã, a bandeira vermelha tremula na capital do território inimigo. O alto comando alemão, em 9 de maio de 1945, assina a capitulação total e incondicional. 9 de maio é declarado o Dia da Vitória.O povo soviético na “Grande Guerra Pátria” escreveu algumas das maiores epopéias da história da humanidade, como por exemplo, o transporte de toda a indústria do ocidente para o oriente, toneladas de máquinas foram transportadas por milhares de quilômetros. O heroísmo do Exército Vermelho e dos guerrilheiros, o trabalho abnegado de todo o povo, velhos e jovens, homens, mulheres e crianças, a justa direção do Partido Comunista unindo o povo, superaram as dificuldades na resistência à invasão alemã. Mais de 25 milhões de soviéticos deram suas vidas em defesa da URSS, do socialismo e da humanidade. “A Batalha da Rússia”, ressalvando alguns pequenos pontos, como, por exemplo, o destaque exagerado dado ao inverno como fator da derrota alemã e a informação incorreta de que o governo soviético se retirou de Moscou junto com o corpo diplomático durante o cerco à cidade, é um documentário de inestimável valor. É uma produção do próprio governo norte-americano capaz de oferecer os elementos para desmentir as “acusações” – lançadas pelo revisionismo e alimentadas pelo imperialismo – de que a URSS não havia se preparado para a guerra, porque não acreditava na invasão e por isso foi pega de surpresa pelos alemães.O documentário “A Batalha da Rússia” foi realizado pelo Departamento de Guerra norte-americano, em 1943, quando já ficava insustentável a não participação dos EUA na guerra aos nazistas, na Europa, onde se decidia a 2ª Guerra Mundial. (Os países imperialistas “Aliados” manobravam para o enfraquecimento da URSS. Os EUA já haviam se comprometido a combater na Europa em 1942, com o objetivo de abrir uma nova frente de guerra contra a Alemanha, e lá chegaram apenas em junho de 1944). Era preciso sensibilizar os norte-americanos, tentar neutralizar o anticomunismo tão presente e tão estimulado na sociedade estadunidense. “A Batalha da Rússia” é um dos raros filmes progressistas realizados nos EUA sobre a 2ª Guerra Mundial (lembramos aqui de outros três: “O grande ditador”, de Chaplin; “Casablanca”, de Michel Curtis (1942) e “O Sabotador”, de Hitchcock (1942). Particularmente da década de 50 em diante, num artifício nazista de repetir mil vezes uma versão mentirosa de um fato, gastaram rolos e rolos de filmes para fazer as novas gerações acreditarem (até os dias de hoje) que foram os norte-americanos que derrotaram os nazistas.A vitória da URSS demonstrou toda a superioridade do socialismo sobre o capitalismo e o acerto do Partido Comunista da União Soviética em colocar em primeiro plano a questão política, a mobilização de todo o povo e não ver a guerra meramente como uma questão militar.

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